sexta-feira, 16 de julho de 2010

Repreensão

É rapáu...
Tchue nã quez naoda nesse castaonhe
Ê já te disse podez de vazes
Tchue pareces-me même c`ma ium babôse
Vim quiá, quê vou t`apuxá-te assas ciroulas, pra cimba
Tchue dêxa-me quê ta`zamanhe
Tás cuesses quartes à amoustra
Tê pá vê-t`assam faz ium levante, aqui dantre
Eu jao te disse podez de vâzes

Odespous nã grites acodelrê
Ele vam pr`aquie ardide e manda-te ium arremêsse
Tchue tans alguiuma precisã disse?
Odespous diz quê nã t`avisê
Era a mêma marda, cum tê irmã
Dês nes livre, s´ele te visse assã
Ium dia sê nã le segure, ele guerraova-se a iele
Chegaova-lhe bã aquela roupa ao pêle
Êh nunca l`havera le viste assã
Tchua tchia - a zarôiha - vê cao metê o bedêlhe
Tê pá, que nã é home d`irrêdes amandou-la laogue d`incontre ao espeihe
E iela pous-se a oiá pra meim
Iela ficoue menante...!
Tchue nã tãs precisã d`isse
Tourna-te, num home... Faz-te gante!
Tchue jáo nã éus ninum bébé de barce
Tchue nã atinas nim pa intandê isse?
Louvade seja Dês...

Êh home, aguent`aí, quê jáo me dêsce...

apsferreira

1 comentário:

  1. Olá Amigo!

    Venho felicitar a tua capacidade de escrever desta forma transmitindo a todos essa maneira tão pessoal de falar na gente tão nossa, e fazendo renascer essa repreensão tão antiga dos mais velhos aos rapazes mais novos. Percebi um pouco, mas naturalmente, sinto-me mais aventureira na poesia que já te conhecia.
    Obrigada pela partilha. O blogue está lindo! Os poemas, esses... adorei ler pois soube a pouco.
    Beijinho
    Carla Bordalo

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